Ainda não muito conhecidos pelo público em geral, os distressed assets (também chamados de “ativos podres” ou “problemáticos”) são uma categoria de investimentos alternativos. Ou seja, são ativos diretamente ligados à economia real, pouco relacionados ao mercado financeiro e de capitais.
Os distressed assets são investimentos de alto risco. No entanto, podem proporcionar retornos bem acima da média do mercado, principalmente em momentos de crises financeiras. Continue a leitura e saiba mais sobre essa modalidade de investimentos alternativos.
Como funcionam os distressed assets?
Em momentos de crises e turbulências no mercado, é natural que empresas reduzam a sua atividade. Isso porque as pessoas deixam de consumir a quantidade habitual de produtos e serviços, por causa da insegurança em relação às suas finanças.
De forma geral, isso faz com que os bancos acabem restringindo o crédito, para que não sofram com a inadimplência devido à queda do poder aquisitivo da população.
Nessa situação, a liquidez (quantidade de dinheiro em circulação na economia) fica prejudicada. É nesse contexto que os distressed assets podem ser uma opção interessante tanto para o investidor quanto para pessoas físicas e jurídicas que precisam de socorro financeiro.
O grande atrativo dos ativos problemáticos são os valores descontados dessas negociações. Isso porque elas são feitas em momentos nos quais os detentores desses ativos não conseguem mais mantê-los. No caso de uma empresa, por exemplo, os fundos distressed investem o mínimo necessário para que o negócio continue em andamento.
Mas não são somente empresas que podem se beneficiar dos recursos de ativos alternativos. Além de participações societárias, os ativos problemáticos também podem incluir imóveis, precatórios e carteiras de clientes inadimplentes, por exemplo. Mesmo que o comprador do ativo não receba o valor integral de uma dívida, pode ter boa rentabilidade dependendo do valor que investiu para adquirir os recebíveis.
Esses ativos são interessantes só em momentos de crises?
Embora os distressed assets sejam mais lembrados durante as crises, é um erro pensar que esse é o único momento para investir nesses ativos.
Na verdade, os ativos problemáticos deveriam ser associados não a turbulências, mas a ciclos econômicos. Isso significa que, dentro dos investimentos alternativos, existem oportunidades e nichos diferentes.
Quando uma crise financeira está no auge, as oportunidades de adquirir ativos descontados acabam sendo maiores pois, como vimos, a liquidez nesses momentos é muito baixa. No entanto, assim que a economia começa a ser retomada, o foco do distressed passa a não ser mais a salvação da empresa, e sim os seus ativos, como a carteira de clientes inadimplentes, por exemplo.
Quando as empresas já estão mais capitalizadas e começam a fortalecer novamente a sua atividade, é hora de começar a reduzir as posições nessas participações societárias. A partir desse momento, as oportunidades mais interessantes dos distressed passam a ser outras, como imóveis ou créditos.
A importância dos distressed assets para a economia
Além de gerarem boas oportunidades de ganhos, esses ativos desempenham um importante papel social na economia. Como vimos, em momentos de instabilidade econômica, os ativos alternativos são mais uma fonte de liquidez para o sistema financeiro, até que os mercados comecem a voltar ao normal.
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